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Post 5 - Alimentos proibidos ❌

  • Hellen Pivato Schroeder
  • 18 de out. de 2017
  • 6 min de leitura

Anote aí as comidas com as quais temos que ter cuidado para nossos pets:

Chocolate

O vilão nesse caso é um alcalóide derivado do cacau chamado teobromina.

O fígado dos nossos pets não metaboliza essa substância prima da cafeína, que fica ativa no organismo, podendo intoxicar gravemente e causar taquicardia, espasmos musculares, vômitos e diarreia.

Todo chocolate para humanos deve ser evitado.

Mas quanto mais puro o chocolate (meio amaro, amargo e chocolate culinário) maior a ameaça de intoxicação severa – às vezes até letal – com uma dose pequena. (Para ler mais sobre a toxicidade do chocolate para os pets, não perca esse nosso especial de Páscoa!)

Carambola É melhor evitar oferecer ao pet essa fruta com forma de estrela. Ela apresenta grandes quantidades de ácido o cálico insolúvel, que pode prejudicar os rins com deposição de cálculos (“pedrinhas”) de oxalato de cálcio. Na literatura científica recente há relatos de insuficiência renal aguda em pessoas e em camundongos por ingestão da fruta in natura ou do suco dela. Sintomas associados à toxicidade por carambola: salivação, inapetência, vômitos, diarreia, prostração, fraqueza, tremores, presença de sangue ou cristais na urina e alterações da sede.

Massa crua de pão ou bolo Resista ao pedido do pet quando estiver manipulando massa crua de bolo ou de pão. O fermento presente na massa crua produzirá gases e álcool no trato digestório do animal, o que causa muita dor e desconforto pela distensão do estômago ou alças intestinais. No pior cenário as vísceras podem até romper com a distensão. Depois de bem cozida a massa, tudo bem dar uns pedacinhos ao pet, com moderação. A época de festas – Natal, Páscoa – é quando o Animal Poison Control Center, órgão ligado ao ASPCA (American Society for the Prevention of Cruelty to Animals) registra o maior número de ocorrências.

Cebola e acebolados

Nada de dar cebola ao seu amigão. Uma substância encontrada nela chamada “n-propil disulfito” pode provocar um tipo grave de anemia nos pets. O perigo é exponencialmente maior para os gatos, muito mais sensíveis à intoxicação por cebola. Evite também alimentos preparados com cebola (fígado acebolado, arroz com cebola) e alimentícios industrializados com cebola na composição (papinhas de neném comerciais, molhos de tomate, salgadinhos etc).

Alho: em pequenas quantidades é seguro para cães Como os gatos são mais sensíveis que os cães aos compostos sulfurosos da cebola, o alerta também se estende a “parentes” da cebola, como o alho, o alho-poró e a cebolinha. Entretanto, conheço tutores de gatos e até veterinários que oferecem diminutas quantidades de alho (lâminas fininhas e picadas de um dente) com regularidade para fortalecer o sistema imune do bichano contra pulgas e vermes, sem sinal de anemia. Ainda não posso afirmar com convicção, mas é possível que o alho seja consideravelmente menos tóxico que a cebola para os gatos. Em relação aos cães, alho em excesso pode causar gases e também impõe risco de anemia. Mas é só cuidar da dose que o alho se torna seguro e traz um mundo de benefícios, como combate ao colesterol, ajuda no controle da glicemia, aumento da resistência a pulgas, carrapatos e vermes intestinais, redução do risco de derrames, alívio de quadros inflamatórios e auxílio no combate a tumores.

Muitos veterinários holísticos, como os norte-americanos autores de livros Dr. Richard Pitcairn Ph.D e a Dra. Karen Becker recomendam há anos a inclusão de um pouquinho de alho na dieta dos cães, algo como uma lâmina fininha por dia. A longa tradição de oferta segura também é reconhecida pelo formal órgão norte-americano de pesquisa em nutrição de cães e gatos National Research Council (NRC), que também estabelece diretrizes para formulação de alimentos para pets. De acordo com esse trabalho científico a dose tóxica de alho para um cão de 32kg seria 75 dentes de alho ou 5 cabeças de alho, e para um cão de 5kg, meia cabeça de alho ou 5 a 8 dentes, nas refeições ao longo de alguns dias. Ou seja, um cão precisa ingerir regularmente uma quantidade absurda de alho para causar prejuízos à suas hemácias.

Em nossas dietas para pets saudáveis sugerimos a inclusão de uma lâmina de alho fresco picadinha a uma das refeições diariamente ou a cada 2 ou 3 dias, dose até mais baixa que a recomendada por veterinários como os citados acima. Nessa dose, o alho costuma ser muito bem tolerado, mas em caso de reações indesejáveis – gases, arrotos, alergia – é só interromper o uso. Também é importante suspender o alho em caso de anemia, antes de cirurgias e quando o pet fizer uso de medicações que interferem na coagulação (como ciclosporina), porque o alho também tem propriedades que afinam o sangue. Desde 2008 monitoramos os hemogramas de nossos cães e pacientes que recebem um tiquinho de alho fresco na dieta e até hoje não verificamos nenhum caso de anemia hemolítica causada por intoxicação por alho. Para aprender como e quanto oferecer de alho ao seu amigão, consulte nossos artigos sobre os complementos das dietas naturais.

Macadâmias Até doze horas depois da ingestão dessas castanhas redondinhas, cães e gatos podem apresentar fraqueza, depressão, vômitos, tremores, hipertermia e queda dos membros traseiros. Felizmente, os sintomas costumam passar sozinhos e duram 12 a 48 horas. Mas o quadro assusta e traz muito desconforto e mal estar ao animal. Outras castanhas, como a do Brasil (castanha-do-Pará), nozes, amêndoas e amendoim não são tóxicas, mas devem ser oferecidas com moderação por serem bastante gordurosas. A ingestão de macadâmias pelos pets pode causar até paralisia dos membros traseiros!

Cuidado com a batata comum

Os vegetais da família das solanáceas – batatas, tomate, berinjela, jiló e pimentão – contêm um glicoalcalóide chamado solanina (ou solamina), capaz de deprimir o sistema nervoso central e provocar transtornos gastrintestinais. Mas de todos os citados, a batata inglesa (a comum) é a mais rica nesse composto, cuja casca concentra até 90% da solanina. Para eliminar essa ameaça, armazene a batata longe da luz solar, descarte a casca e cozinhe o tubérculo diretamente na água fervente. Micro-ondas (que você deve evitar por todos esses motivos) e cozimento ao vapor não destroem a solanina. Jamais consuma ou ofereça ao pet batatas cruas (são difíceis de digerir); muito menos germinadas ou com a casca esverdeada, sinais de acúmulo de substâncias tóxicas. Sempre que possível, prefira tubérculos que substituem com vantagens a batata comum e que não contêm solanina, como a batata-doce, o inhame, a mandioquinha (ou batata-salsa ou batata-baroa) e o cará, sempre cozidos.

Berinjela, pimentão, tomate e jiló contêm teores mais baixos de solanina e em geral podem ser oferecidos com moderação se o pet os tolerar bem. Contudo, há especialistas em nutrição humana e pet que contra-indicam a oferta de qualquer solanácea a indivíduos com problemas ortopédicos (atrose, artrite, displasia coxofemural, dores na coluna etc), sob alegações de que esses vegetais podem agravar.

Casca e folhas de abacate

O problema aqui é a persina, um derivado de ácido graxo que é especialmente tóxico a aves, cavalos, porquinhos-da-india, caprinos e coelhos. Os cães parecem ser menos suscetíveis à toxicidade da persina, mas é bom tomar cuidado e não permitir que ingiram as folhas e a casca do fruto. Os sintomas associados à intoxicação por persina incluem vômitos, diarreia e alterações cardíacas. Ingestão excessiva de persina pode até levar a óbito.

A polpa do abacate (a parte da fruta que comemos) é segura para oferta, desde que com moderação, pois embora a gordura do abacate seja saudável, majoritariamente do tipo poli-insaturada, gordura é gordura: em excesso engord e pode sobrecarregar o pâncreas. E não se esqueça de retirar o caroço, infelizmente não são incomuns cirurgias de emergência para retirar do estômago do cão um caroço retido.

Uvas e passa

Ainda não se sabe exatamente o motivo, mas há relatos de sobra na literatura científica de cães que comeram uvas ou passas e desenvolveram falência renal aguda severa, em muitos casos, letal – veja alguns exemplos aqui, aqui, aqui e aqui. Qualquer tipo de uva ou passa, mesmo orgânicas, com ou sem casca e com ou sementes, e em qualquer quantidade, pode subitamente danificar os rins. Mesmo cães que sempre comeram uvas sem prejuízo aparente podem sofrer uma crise. Acredita-se que essas frutinhas também sejam prejudiciais aos gatos. Na dúvida, e com tanta fruta segura à disposição, é melhor evitar.

Outros alimentos potencialmente perigosos * Semente de linhaça crua – contém ácido erúcico, que pode intoxicar os pets. * Açúcar e alimentos açucarados – podem causar obesidade, cáries, diabetes e tornam o paladar dos pets seletivo. * Frituras – fornecem gorduras prejudiciais à saúde, oxidadas. * Chá preto e café – contém alcalóides neurotóxicos e que podem causar alterações cardíacas. * Bebidas alcólicas, maconha – por motivos óbvios, né? * Pimenta malagueta – pode causar gastrite e até úlcera. * Xilitol (tipo de adoçante) – pode gerar hipoglicemia, convulsões, vomito, fraqueza e até morte dependendo da dose ingerida. * Ruibarbo – mesmo problema da carambola, é fonte de ácido oxálico solúvel que pode se depositar nos rins em forma de cristais ou cálculos de oxalato. * Osso de ave cozido – o cozimento altera a estrutura molecular do colágeno do osso, tornando-o mais rígido ao ser partido. Com isso o risco de perfuração gastrintestinal é real. O tratamento por calor também torna o osso mais difícil de digerir, favorecendo obstruções. Osso tem que ser ingerido no seu estado natural, cru. * “Osso” de couro branco – indigestos, esses couros frequentemente são tratados com alvejantes como a soda cáustica para agradar aos nossos olhos. * Sementes de maçã e pêra – liberam pequenas doses de ácido cianídrico no estômago, um tipo de veneno.

Fonte: Cachorro Verde


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