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Caudectomia , você sabe o que é ?

  • Karla Menezes
  • 1 de out. de 2017
  • 5 min de leitura

Caudectomia é o nome dado para a amputação da cauda de um cachorro , nos tempos de guerra o corte da cauda dos cães e o corte da suas orelhas (conchotomia) era comum, a justificativa dado é que os animais tinham a vida facilitada pois com a amputação desses membros diminuía a possibilidade de sangramento e resistência ao atrito, melhorando o resultado do trabalho desses cães . Mas muita calma nessa hora!!! A caudectomia pode ser uma cirurgia muito importe para alguns animais , por exemplo os nossos tão amados “bulls”, os nossos melhores amigos tem a cauda pequena e alguns casos a causa é tão pequena que alguns donos pensam que o seu pet só tem um “pompom” e ao observar nota-se que a ponta existe só que esta alojada para dentro ocasionando fungos ,infecções e pode causar a compressão da porção final do intestino causando prejudicando a evacuação do animal e podendo ocasionar a ruptura do intestino. Os pets que sofrem com esse “mal” normalmente esfregam o traseiro no chão devido ao desconforto e infecção em alguns casos o tratamento com medicação de uso tópico e interna não funciona e o pet passa a sofrer com suscetíveis infecções e a cirurgia de caudectomia se torma uma grande aliada na qualidade de vida dos nossos pets ,com a retirada desse membro que causa. Depoimentos e histórias de vencedoras que foram submetidas a caudectomia.

Ana Paula Maciel tutora :

A Valentina é a minha primeira experiência com Buldogue Francês. Já pesquisei muito sobre está raça e tinha conhecimento de vários problemas que podiam ocorrer. Entre as alergias, sistema digestivo delicado e problemas respiratórios, nunca pensei que uma cauda podia causar assim tantas complicações. Por acaso tinha reparado que a Valentina tinha uma cauda muito particular. Uma cauda toda enrolada com a ponta metida para dentro. No primeiro ano não houve problemas, a Valentina creseu e engordou bem.

Depois começou a “dançar” assentada em tapetes ou sofás, cama ect… numa visita o veterinário comentei o novo comportamento dela. Mas não lhe foi diagnosticado nada, estava tudo normal.

A cauda dela cheia de pelo e enrolada bem fechada não deixava transparecer nada. Foi me dito que era comportamental. Os meses passaram e foi sempre tentar entender o motivo dos balançar dela sempre em tapetes macios ou em cima da cama. Até cheguei a pensar que fosse pelos encravados. Foi procurando no meio dos pelos da cauda quando deparei que a pela estava vermelha infeccionada. Fui outra vez o veterinário e foi aí que perceberam o que realmente tinha a Valentina. Como a cauda estava muito fechada e abafada a pele não respira e a sujidade acumula se o que provocou uma infecção no excesso de pele nas dobras. Foi me sugerido duas soluções. A primeira um tratamento a cada crise de comichão que implicava tomar antibióticos. A segunda era a operação. Como já se suspeitava que as crises iam aparecer para o resto da vida e sabendo que a medicação era muito agressiva, preferi a operação. Não foi uma escolha fácil mas não queria correr o risco que a situação piorasse a longo termo.

Depois de falar sobre o assunto com dois veterinários optei por fazer isso nas minhas férias para poder cuidar dela. A operação ocorreu no dia 18.07.2017. Correu bem, ficou internada um dia. Mas tiveram que tirar a cauda toda. A pele da cauda que estava encostada ao corpo não estava em condições para fazer uma reconstituição para obter um “toquinho “. Já fomos tarde demais infelizmente. Quanto mais deixamos avançar isso pior. O veterinário falou me de um caso num buldogue inglês com 7 anos que tiveram que cortar a cauda até a coluna, o que pode ser perigoso porque a coluna já é um ponto delicado nos cães e essa operação só o vai fragilizar. No caso da Valentina, ela ficou com duas vértebras na cauda. Claro que não se vêm porque estão dentro. A recuperação fiz se num mês. Primeira semana tirou o dreno, no decorrer da segunda semana tirou os pontos aos poucos dois de cada vez. Depois a cicatrização da costura. No fim do segundo mês o pelo já tinha crescido e já estava com o aspecto final. Já não tenho mais em que me preocupar com as crises de comichão, nem vou dar mais medicações que poder fazer mal o sistema digestivo dela. E não estou arrependida. Só tenho pena de uma coisa, não o ter feito mais cedo. O dito rabo de “porco” necessita muitos cuidados de higiene. Mas neste caso não tinha muitas opções. Por isso se o vosso buldogue se puser a “dançar “ pode ser muita coisa: a glândula anal, cólicas ou uma infecção na cauda. Além do caso comportamental. 15 dias de coleira e medicada. Aplicação local de gelo e muitos cuidados para ela não se esfregar e correr o risco de arrancar pontos,Mimos e paciência

Renata bernardo Soares:

Desde pequena, a Zoezinha ocasionalmente arrastava a bundinha no chão. Eu, leiga de cachorros, achava que era algum incomodo passageiro, olhava e não via motivo... Era vermifugada, vacinada, evacuava direitinho. Até que resolvi inspecionar melhor o local. Foi quando eu reparei que o rabinho, que eu achava que ela não tinha, existia sim, só que se insinuava pra dentro. Fui limpando a área, vi que tinha infecção associada, e comecei a tratar com antibióticos e limpeza local. (Eu colocava meu dedo "mindinho" quase inteiro no "buraco"onde ficava o rabo, com algodãozinho e pomada).Com o passar do tempo, Zoé passou a ter infecção de repetição, desconforto pra sentar e vez ou outra arrastava no chão. Foi quando o veterinário, que é de muita confiança, indicou a caudectomia terapêutica devido risco de osteomielite e ao próprio desconforto que minha filhota sentia. O procedimento foi realizado numa quarta feira foi feita profilaxia antimicrobiana, e Zoé ficou bem.

Ocorre que na sexta, notei a área um pouco hiperemiada (avermelhada), mas mantive o antibiótico, analgésico e limpeza local, além das "anteninhas ligadas".Sábado fui trabalhar as 6h e quando voltei, as 15h, a cicatriz cirúrgica e seu redor estavam edemaciados e com saída de secreção bastante purulenta.Drenei um pouco a lesão, mas como ainda mantinha área de flutuação, abri um ponto para drenagem espontânea.Apesar disso, a área por onde estava drenando, logo fechou, e eu percebi que o abscesso era enorme.Fui no carro, peguei umas seringas e agulhas que tinha de urgência, puncionei o local e retirei cerca de 60ml de secreção purulenta. Quanto mais pressionava ao redor, mais escorria.Fazer aquilo me deu vontade de chorar. Ver minha filhota sofrendo também. Mais ainda... Mas saber que estava fazendo o bem a ela, me deu força pra continuar.Após o procedimento (tudo com analgesia e muito cuidado), troquei o antibiótico e logo se manteve desinchado e começou a cicatrizar.Hoje Zoé está ótima brinca, pula e dorme em cima da mamãe.Foram dias de angústia, e passei o ano novo no quarto com ela, ouvindo contagem regressiva de lá.

Agradecemos as meninas Valentina e Zoé por nos dar a conhecer um pouco da vossa historia e também as tutores

Ana Paula Maciel e Renata Bernardo Soares por partilhar as vossas experiências e grande prova de amor .

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