Vacinação em Bulldogs.

Hoje, vou descrever para vocês quais são as vacinas disponíveis no Brasil, para quê servem cada uma delas, quando devem ser feitas e como são classificadas de acordo com a sua importância.

Para que vocês entendam tudo sobre o assunto, busquei informações de peso em trabalhos científicos e livros, além do ultimo Guidelines WSAVA (Associação Veterinária Mundial de Pequenos Animais) sobre os protocolos vacinais.

Bom, as vacinas são divididas numa escala de importância em essenciais, não essenciais e não recomendadas, de acordo com o WSAVA:

Essenciais: evitam doenças que podem ser fatais ( parvovirose, cinomose, hepatite infecciosa canina e Raiva)
Não essenciais: indicadas apenas para um grupo de cães, levando em consideração o risco de exposição e o estilo de vida (leptospirose, leishmaniose, “tosse dos canis” e Puppy ).
Não recomendadas: por enquanto, não possuem comprovação científica o suficiente para indicá-las (giardia).

As vacinas citadas a seguir são as mais disponibilizadas no nosso país, se houver dúvida sobre alguma que não estiver listada a seguir, comente para que coloquemos sobre ela no artigo.

Puppy:

Vacina contra cinomose e parvovirose, realizada em filhotes com 1 mês de idade que apresentam imunidade baixa nesta idade por motivos extremos ( animais expostos a alto risco e stress, raças mais sensíveis a parvovirose - Rottweiler, Doberman e Labrador - e animais criados em locais aonde já ocorreram casos de parvovirose ou cinomose ). *Idealmente, os filhotes devem ser vacinados a partir de 6 semanas de idade. Quando existe risco maior de infecção, a vacinação já às 4 semanas de idade pode ser indicada.

V8 e V10: As duas imunizam contra Cinomose canina, Adenovírus tipo 2, Coronavirose canina, Parainfluenza, Parvovirose (2), Leptospira canicola e L. icterohaemorrhagiae. A diferença entre elas são 2 cepas a mais de leptospirose que a v10 apresenta (todas são encontradas no Brasil). Particularmente a L. icterohaemorrhagiae (v8 e v10) e a L. copenhageni (v10) são as responsáveis pelos casos mais graves.
Existem divergências quanto a vacinação inicial e a revacinação de cada cepa encontrada nestas vacinas, mas como não trabalhamos comummente com elas separadamente, devemos seguir a seguinte recomendação:
Filhotes ( Administrar a primeira entre 6–8 semanas de idade, e então a cada 2–4 semanas até 16 semanas de idade ou mais )

Anti- Rábica: Indicada como auxiliar na prevenção das infecções do vírus da raiva. Administrar uma dose às 12 semanas de idade. Revacinação (reforço) a 1 ano de idade. É obrigatória para viagens e feita sem custo por campanhas municipais (geralmente não são administradas por um médico veterinário).
Vacina contra “Tosse dos canis”: Vacina viva atenuada indicada a partir de oito semanas de idade, contra Adenovírus Canino Tipo 2, Parainfluenza Canina e Bordetella bronchiseptica. Pode ser feita a injetável (2 doses a cada 21 dias) ou a intranasal (dose única), nesta ultima, seu Bull pode espirrar após a administração, mas a imunização é eficaz mesmo que isto aconteça.
Vacina contra Giardia: Para vacinação a partir de 8 semanas de idade, como auxiliar na prevenção da doença clínica causada por Giardia lamblia. É considerada não recomendada, porém existem estudos demonstrando a atenuação da doença em animais vacinados e infectados posteriormente. Por outro lado alguns estudos comprovam que não há diminuição da infecção por giardia em animais vacinados. Tirem suas próprias conclusões, e decidam junto com o veterinário se há necessidade de ser feita.
Adultos ( Duas doses com intervalo de 2–4 semanas)Revacinação anual.

Para que seja realizada a vacinação no seu bebê é importante a avaliação minuciosa feita por um médico veterinário, constatando a saúde perfeita, já que eles precisam do sistema imunológico em funcionando bem para responderem às vacinas.

Espero ter ajudado, qualquer dúvida comente no post que o que puder responder estou à disposição!

. Thais Benedeti (médica veterinária)